sábado, 7 de maio de 2011

Mundo-selva

Quantas vezes vejo-me assim, num mundo tão desigual
em quem o ser normal torna-se parte do anormal.
Esse mundo é cheio de ilusões,
e assim como o nariz puxa o pó ele é viciado
em sugar tuas entranhas, sugar tua liberdade,
sugar tua alma.
Pode ter certeza, ele não está preocupado
qual será o teu fim. Ele apenas te quer.
O mundo vomita A Verdade, tem aversão à Vida.
Usa máscaras para fingir ser um parque de diversão
e muitos são os que caem nessa armadilha,
acabam entrando nesta porta larga. Porcaria de porta!
Porta de enganos, medos, danos!
O mundo te molda, te transforma
e toda sujeira mundana até os Filhos acham habitual!
Quantas vezes vejo-me assim,
querendo fugir desta selva, onde os homo-sapiens
"surpreendentemente" regrediram a espécie
a homo parvos!
Eu sou redimida, justificada,
não como do esterco de todo dia
que o mundo empurra aos cegos.